CARLOS BATALHA: “CASOS E CAUSOS DE JOÃO ALVES”!

CARLOS BATALHA: “CASOS E CAUSOS DE JOÃO ALVES”!

 

Chegou a segunda, e com ela mais uma oportunidade de publicar aqui na folhadesergipe.com novos casos e causos que marcaram a vida do inesquecível João Alves Filho.

1- AS MULATAS DE SARGENTELLI

Nas décadas de 80 e 90 uma grande atração  chamava a atenção dos brasileiros e turistas que iam ao Rio de Janeiro. Sargentelli e suas lindas mulatas mexiam com os olhos, corações e mentes de quem assistia os espetáculos.

Ano de 1986, campanha para  eleger Antonio Carlos Valadares ao governo do estado. À época eram permitidos os showsmícios, onde grandes artistas eram contratados para atrair o público.

Em determinado dia, Sargentelli foi contratado para um show em Aracaju. Ocorre que na mesma data havia também um comício em Laranjeiras e outra atração iria para lá.

Por volta das 17hs recebo um telefonema do querido amigo Raimundo Luiz, então Secretário de Comunicação, informando que algo precisaria ser feito porque a liderança de Laranjeiras não havia gostado do nome.

Coloquei  a cabeça para pensar e só havia uma solução. Como Sargentelli havia trazido umas 15 mulatas, levar 7 delas para dançar com som mecânico, iria agradar ao público.

Por volta das 19h,  me desloquei para a vizinha cidade levando as mulatas que já estavam sendo aguardadas com ansiedade porque um carro de som já estava anunciando as atrações.

Por volta das 22 horas estavam as mulatas trocando de roupa na casa do saudoso Cel Sizino, quando João Alves manda me chamar até o palco. Imaginei o que seria e já levei as mulatas a reboque, kkk.

Lá chegando, o Negão bastante contrariado me reclama da ideia, dizendo que levar aquelas mulheres seminuas até Laranjeiras era um falta de respeito. Tentei convencê -lo que não era, missão em que fui ajudado pelo então deputado Reinaldo Moura e o candidato a vice-governador  Benedito Figueiredo.

Diante das insistências, e do público ansioso, João Alves aceitou mas advertiu logo. ” essas mulheres quase nuas aqui, deixe no palco apenas 5 minutos.”

 

Ufa. Problema resolvido. O show começou, e não sei até hoje se o relógio do negão parou ou se ele se distraiu com outros assuntos, mas a verdade é que as mulatas desfilaram as suas curvas e o seus gingados por cerca de uma hora, e do outro lado o nosso querido João, soltava gostosas gargalhadas. Kkkkk

2 – O ATRASO E FÁBIO JÚNIOR

Já contei aqui que João Alves era o mestre dos atrasos.

Ano de 1994, campanha para eleger Albano Franco ao governo do estado.

Showmício na cidade de Carmópolis, com a presença de Fábio Júnior.

Comício para iniciar 17hs (era um domingo à tarde), e show impreterivelmente 19hs.

Pois bem. Os atrasos foram acontecendo e às 18hs o cantor já estava ao fundo do palco.

Na hora marcada, a produção dele começou a pressionar para começar o show, e João, à época governador do estado ainda não havia sequer chegado o que só aconteceu por volta das 20hs.

Quando ele sobe ao palco

me encaminho para ele e sussurro aos seus ouvidos para ser objetivo no discurso. Pra que fiz isso?

O negão com aquele vozeirão falou. “Se vc quiser não falo e vou embora”

Um microfone estava aberto e todo o público caiu na risada, e eu paguei o maior mico.

Ao final, com duas horas de atraso, Fábio Júnior sobe ao palco e com muito mal humor, realiza o show.

3- ESCOLA DE SAMBA MANGUEIRA

Já que o assunto é showmício, vamos à inauguração da Passarela do Caranguejo em 1986, depois duplicada por Albano Franco.

As Escolas de Samba do Rio de Janeiro sempre foram grandes atrações pela TV, mas nem sempre saíam para apresentações em outras cidades.

Neste ano levei a ideia ao governador João Alves que autorizou a contratação de algumas alas da escola. Foram contratadas algumas alas, totalizando 800 pessoas que foram acomodadas em 20 ônibus.

A inauguração prevista para uma sexta-feira 20horas. A comitiva saiu da capital carioca na quarta-feira pela madrugada,  tempo suficiente para chegada em Aracaju já sexta-feira por volta de meio dia.

Ocorre que durante a viagem, alguns ônibus tiveram problemas mecânicos na estrada, e a viagem atrasando.

 

Chega sexta-feira 20hs, e a comitiva ainda estava em Feira de Santana, ou seja, há mais ou menos 3hs de distância de Aracaju. Por volta de 20.30hs, sou chamado por João Alves ao Palácio de Veraneiro que irritado com o atraso ordena  que os cariocas voltassem de onde estivessem(Como se ele não atrasasse) kkkk.

Argumentei que por volta das 11hs eles estariam aqui e como os bares estavam lotados na Atalaia,  todos esperariam. Assim foi feito.

 

Como à época não existia celular, meu amigo Augusto que acompanhava a comitiva ia me monitorando. Por volta das 22.30 recebo o aviso de que eles já estavam em Itaporanga. Orientei então que já fossem trocando de roupa dentro dos ônibus e assim foi feito.

Por volta das 23.30hs todos já estavam na Atalaia e a linda festa varou a madrugada para alegria de todos os presentes principalmente do Negão, que vibrava com as passistas e a bateria da Mangueira.

4-ELIANA PITMAN E GENIVAL LACERDA

Já dissemos aqui que João Alves Filho não era muito de reconhecer por nomes os artistas musicais do nosso país em especial os mais populares, já que o gosto pessoal dele era muito mais para as músicas clássicas.

Um dos poucos que escapavam era o folclórico Genival Lacerda. Quando era época de período junino, quando poderia solicitar alguém e pedia Genival Lacerda, mas com um detalhe. Nunca lembrava do nome e o pedido era sempre assim” amigo, contrate aquele artista barrigudo que usa umas roupas coloridas”

Já de Eliana Pitmam ele gostava muito mesmo, ao ponto de um dia pagar um mico.

Comício na Praça Fausto Cardoso, show com Alcione. João Alves estava terminando sua fala e anunciou,” logo depois com vocês a morena linda, Eliana Pitmam”. Alguém o advertiu afirmando que era a Marrom (Como Alcione é conhecida). Ele não perdeu o rebolado e disse “eu sei que ela é marrom, é morena, mas tem nome. Eliana Pitmam. “. Gargalhada geral.

 

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