Cidades do interior de Sergipe registram alta incidência de covid-19

O novo coronavírus está presente em todo o estado de Sergipe, com registros de casos nos 75 municípios. Além de se espalhar por todo território, a doença tem atingido cidades pequenas do interior em grandes proporções. Há cerca de seis meses, 6 em cada 10 casos estavam em Aracaju, no entanto, conforme relatório da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Todos Contra Corona, se verifica a continuidade do avanço para outras cidades.

 

Em Cedro de São João, por exemplo, cuja população estimada é de de 5.913 mil habitantes, a incidência de casos é de 10671,4, um resultado pouco diferente do registrado em Aracaju, que mantém incidência de 11341,9. Juntamente com a capital e o município da Barra dos Coqueiros, essas são as três cidades que se posicionam entre as de maiores incidências, conforme aponta o boletim.

Atualmente, Sergipe tem o total de 149.077 casos confirmados, dos quais 75.413 foram registrados na capital, e os demais 73.664 nas cidades do interior do estado. Quando se olha para a região metropolitana, da qual fazem parte as cidades de Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, o total de casos é 91.968.

 

“A separação das cinco cores do mapa teve o objetivo principal de diferenciar os municípios por incidências. Da forma que estava agrupada antes, como a gente trabalha com a incidência acumulada, no último grupo estavam municípios que tinham incidências moderadas, junto com aqueles que estavam com índices maiores. Com essa separação a gente consegue identificar no mapa de forma mais clara a diferença entre os municípios”, explica o diretor da Vigilância Epidemiológica da SES, Marco Aurélio Góes.

Ainda conforme o diretor, no cenário geral da pandemia em Sergipe, percebe-se um padrão de transmissão mais intenso na capital e região metropolitana, mas também foram observadas tendências maiores no interior, porém em períodos específicos. Os resultados mostram que o vírus tem se espalhado com mais força, o que acende o alerta para a população continuar mantendo os cuidados necessários para evitar transmissão.

No entanto, o que se observa é o contrário das orientações sanitárias: um relaxamento por parte da sociedade, sobretudo nos últimos meses. Estão usando menos máscaras de proteção facial e o distanciamento social tem sido desrespeitado. Desde os festejos de fim de ano até o feriado de carnaval, ou até mesmo durante finais de semana normais, é possível identificar em Aracaju e nas cidades do interior pequenas aglomerações em bares e restaurantes. Recentemente, uma festa de vaquejada promovia aglomeração no município de Itabaianinha.

“Em todas as regiões estamos com tendência de vivenciar uma segunda onda, mas não estamos tendo uma característica diferenciada numa interiorização. De fato, a pandemia está em todo território, mas se concentra na nossa área metropolitana. Todo lugar é um lugar de risco. Os municípios que têm poucos casos podem ser municípios que em poucas semanas podem ter surtos e até óbitos. Aqueles municípios que têm uma maior incidência são os que, de fato, apresentam um maior risco de adoecimento. Quando a gente fala de uma incidência acumulada, pode não refletir o risco imediato, mas não deixa de ser um risco, considerando todo esse ano pandêmico”, pontua o diretor Marco Aurélio.

Edição de texto: Monica Pinto

 

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