CARLOS BATALHA: “EXISTEM PESQUISAS E PESQUISAS”!

Já escrevemos aqui na Folha de Sergipe sobre Pesquisas Eleitorais.
Na realidade, existem pesquisas e pesquisas. Existem aquelas (as qualitativas) que servem para orientar, dar um rumo a seguir, corrigir erros, e impulsionar os negócios, as vendas, os empreendimentos, e até mesmo o caminho político a ser seguido por A ou B.
Questionário pode induzir pesquisado.
Pesquisas, em especial as eleitorais, devem retratar o momento. Afirmamos devem, porque irá depender muito da lisura dos questionários, do não direcionamento para quem quer que seja, e principalmente em um perfeito equilíbrio das zonas pesquisadas, sem a colocação de um peso maior de entrevistados no bairro A ou bairro B, ou cidade C e cidade D.
ERROS GROTESCOS
Cuidado com falsas pesquisas.
Detendo-se nas pesquisas eleitorais, observamos que a cada eleição acontecem erros grotescos nos resultados divulgados.
Aqui em Sergipe nós temos registrados dois grandes erros, onde os institutos (um local e outro nacional) não quiseram ou não souberam explicar devidamente os erros grotescos apresentados nos pleitos que citamos abaixo.
ERRO EM 1994
Em 1994, eleição para o governo do estado. Às 17hs, dia do pleito, o Ibope divulgou pesquisa de boca de urna, onde Albano Franco ganharia a eleição no primeiro turno. Abertas as urnas, o que se viu foi totalmente o contrário. As eleições iriam para o segundo turno, e Jackson Barreto viraria na frente.
ERRO EM 2016
O sobe e desce das pesquisas.
Em 2016, eleição para a Prefeitura de Aracaju. Quinze dias antes do pleito do segundo turno, o Instituto Dataform divulga pesquisa, onde Valadares Filho aparecia 19 pontos na frente de Edvaldo Nogueira, diferença praticamente impossível de ser retirada em duas semanas. Ocorre que foi. Resultado final. Edvaldo Nogueira Prefeito.
Pelo país afora, em praticamente todos os pleitos esses fatos acontecem, estando inclusive totalmente fora das margens de erros apontadas pelos institutos.
DIVERGÊNCIAS GRITANTES
Na maioria das vezes, nós observamos em especial nos meses que antecedem aos pleitos, diferenças gritantes de resultados entre os mais diversos institutos.
Esta semana mesmo, Sergipe testemunhou divulgações de dois resultados de institutos de pesquisas totalmente diferentes. (omitimos os nomes dos institutos). No primeiro resultado, o candidato Edvaldo Nogueira aparece com boa vantagem para o segundo colocado, Rogério Carvalho, 33,6% x 14,5%, com Fábio Mitidieri ocupando a terceira posição com 12,8%, para o governo do estado.

 

Edvaldo. Primeiro lugar em uma pesquisa, e quarto na outra. Dá para entender?
Já outro instituto, divulgou no mesmo dia, resultado totalmente diferente, onde Fábio Mitidieri aparece na frente com 31%, Valmir de Francisquinho é o segundo com 27% , Rogério Carvalho o terceiro com 20%, e Edvaldo que liderava na outra, apenas o quarto colocado com 10%.
É de se perguntar.
Fábio. Primeiro lugar em uma pesquisa. Terceiro na outra. Alguém entende?
Como e por que existem tantas diferenças entre dois institutos de pesquisas?
Metodologia?
Elaboração de questionário?
Redutos Eleitorais?
Indução do eleitor?
Sinceramente. Só os institutos poderiam responder, embora eles nunca expliquem de forma convincente.
CARLOS BATALHA: “EXISTEM PESQUISAS E PESQUISAS”!
Carlos Batalha
Jornalista e Radialista
https://folhadesergipe.com/

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