CARLOS BATALHA: “COMO, E PORQUE O BRASIL PERDEU A COPA”!

Duzentos e vinte milhões de brasileiros ainda estão impactados com a eliminação da seleção brasileira da Copa do Mundo do Catar ao perdermos ontem a tarde da seleção da Croácia na disputa de penalidades máximas.
Quanto a afirmação de que toda a população brasileira está impactada, é porque, mesmo quem não gosta do esporte mais popular do mundo, nesse período volta as atenções para o país onde acontece a maior competição esportiva do planeta.
Tite entregou a Copa
Tendo sido iniciada em 1930 no Uruguai, a Copa do Mundo do Catar está na sua vigésima segunda edição, sendo realizada a cada quatro anos, deixando de acontecer apenas em 1942 e 1946, em função da Segunda Guerra Mundial.
O Brasil, que nas três primeiras copas teve desempenho fraco, devido principalmente a rivalidade entre cariocas e paulistas, a partir de 1950 passou a chamar a atenção do mundo pelo excelente futebol praticado na copa disputada aqui no país, onde mesmo perdendo a partida final para o Uruguai em pleno Maracanã por 2 x 1 deixou excelente impressão.
A Copa do Mundo seguinte, em 1954, disputada na Suiça, também não contou com uma boa participação brasileira, embora começasse a nascer ali a maior geração do nosso futebo,l onde alguns dos novos jogadores foram se consagrar realmente a partir de 1958 a exemplo de Castilho, Gilmar, Nilton Santos, Djalma Santos, Julinho e Didi.
De lá para cá, a seleção brasileira alternou boas e más participações em copas, sendo ao final o maior campeão do torneio, tendo conquistado a taça por cinco vezes, e é desta maneira o único penta campeão mundial.
VINTE ANOS DE FIASCO
A última grande conquista brasileira ocorreu há vinte anos. Foi no Japão e Coréia (copa dividida) que a geração de Rivaldo, Ronaldo, Ronaldinho e Cia nos deu a última alegria.
Em 2006, quando também foi montada uma grande seleção, com os quatro Rs formando um grande ataque (Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo e Robinho, tendo ainda Adriano em grande fase, Roberto Carlos resolveu ajeitar o meião na hora do gol da França, o que nos eliminou do torneio.
Em 2010 fomos eliminados com Felipe Melo expulso irresponsavelmente quando ganhávamos de 1 x 0 da Holanda.
Em 2014, a maior decepção de todas com os 7 x 1 da Alemanha.
Em 2018 a decepção contra a Bélgica já na era Tite.
Culminando com o fiasco de ontem com a eliminação diante da Croácia, o futebol brasileiro já não é mais respeitado como antes, e muito menos considerado o melhor do mundo.
Seleção convocada com protecionismo
A ILUSÃO DO PERÍODO DE TITE.
Absurdo. Por sabedoria a seleção de Tite passou 833 dias, mais de dois anos, 60 jogos sem enfrentar uma seleção da Europa.
Tite assumiu o comando da seleção brasileira em 2016, dois anos antes da Copa da Rússia.
Após uma eliminatória complicada e preocupante, o Brasil chegou à copa sob desconfiança quanto ao futebol a ser apresentado. Durante a competição não apresentou um futebol convincente.
 Na primeira fase daquele torneio a seleção brasileira empatou em 1 x 1 com a Suiça. Ganhou por 2 x 0 da fraca Costa Rica, e pelo mesmo placar da também frágil Sérvia, e do intermediário México.
Fui iludido. Seu Tite enganou até a mim. Cheguei a acreditar que ganharíamos a Copa.
Quando a seleção de Tite pegou um adversário um pouco mais qualificado da Europa, foi eliminado. 1 x 2 da Bélgica.
Após o fracasso da Rússia, o treinador foi mantido e as enganações também.
Os dias foram passando, as eliminatórias chegando, e que não servem de parâmetro. As eliminatórias sul-americanas são consideradas fracas, onde excetuando-se a Argentina, e vez por outra Uruguai e Chile, os adversários são fracos e sem tradição no futebol mundial,a exemplo de Equador, Peru, Bolívia e Venezuela. Passamos e classificamos. Aliás, o Brasil é o único país a participar de todas as copas, devido a qualidade dos nossos craques em algumas ocasiões, em outras, as condições de fragilidade colocadas  acima.
Matheus Bachi. Filho de Tite. Afinal de contas quem era o treinador?
NÚMEROS ILUSÓRIOS
Tite treinou a seleção brasileira durante 81 jogos contando amistosos, eliminatórias, duas Copas do Mundo.
Durante os 81 jogos, Tite conseguiu 61 vitórias, 15 empates e 6 derrotas.
Para os menos avisados um retrospecto espetacular. No entanto, a realidade é outra.
Usando de muita esperteza e contando com a omissão ou até mesmo proteção de boa parte da chamada grande imprensa, a grande maioria dos adversários do Brasil do total dos 81 jogos foram o que se diz no ditado popular, galinhas mortas.
Espertamente enfrentando adversários como Gana, Coreia, Bolívia, Peru, Paraguai, Honduras, Catar, Arábia Saudita, El Salvador, EUA, Austria, Austrália, Tunísia, Panamá, o treinador foi enganando a quem quis ser engando.
Para se ter ideia do absurdo, a seleção de Tite ficou 833 dias, ou seja, mais de dois anos sem enfrentar uma só seleção da Europa.
Na realidade, das 81 partidas sob comando de Tite o Brasil jogou 60 contra seleções não europeias. E mais do que isso.
A seleção de Tite nunca em seu período de 6 anos enfrentou as grandes potências da Europa. Na era Tite o Brasil nunca jogou contra a Espanha, Inglaterra, Portugal, França, Itália, Dinamarca e outras.
Pegamos em duas copas, duas seleções intermediárias da Europa, Bélgica e Croácia, e fomos eliminados.
Até mesmo contra o rival mais credenciado da América do Sul, levamos desvantagem. Na era Tite jogamos cinco vezes contra a Argentina e perdemos três, sendo uma inclusive o título da Copa América disputada o ano passado no Rio de Janeiro.
Para que Tite levou Dani Alves e não o colocou em campo para segurar o jogo quando ganhávamos na prorrogação?
ERROS DE TITE
Foram muitos os erros de Tite durante o período que antecedeu a Copa do Catar culminando com os de ontem.
  • Durante todo o período de 6 anos “convocações esquisitas” com jogadores desconhecidos, sem experiência alguma.
  • Passar 833 dias sem enfrentar uma só seleção da Europa.
  • Das 81 partidas, enfrentar dezenas de seleções inexpressivas como citadas acima para melhorar seu ranking.
  • Nunca no período haver enfrentado uma seleção europeia do chamado primeiro escalão.
  • Convocação errada. Não levar centro avantes natos como Hulk e Gabigol. Absurdo
  • Não levar um jogador como Ganso, de estilo clássico, experiente e que sabe prender a bola no momento exato.
  • Preferências a jogadores que não corresponderam. Exemplo. Fred.
  • Levar um lateral nato (Dani Alves) e ontem não escalar fazendo improvisação.
  • Quando fez o gol na prorrogação não orientou o time a segurar o jogo. Casemiro e Fred estavam lá em cima.
  • Não colocar Daniel no segundo tempo da prorrogação para segurar o jogo.
  • Não colocar Neymar para bater o primeiro penal. Absurdo
  • Absurdo em dobro. Quem orientou os jogadores nas cobranças do penal foi o filho.
  • Absurdo dois. Dar às costas aos jogadores chorando dentro de campo e se retirar para os vestiários.
Porque cargas d’agua Tite não mandou Neymar bater o primeiro pênalti?
A atitude covarde de Tite virando às costas para os seus comandados foi uma atitude repugnante. Um comandante nunca deve abandonar os seus comandados à própria sorte.
Felizmente já não mais comanda o futebol brasileiro. Siga em frente.
Infelizmente foi triste, foi doído. Perder faz parte do jogo mas não nas circunstâncias de ontem.
A vida continua.
Se serve como consolo. Grandes seleções também foram eliminadas. Alemanha, Espanha, Portugal, e ninguém poderá, pelo menos na atual copa, se equiparar ao Brasil com cinco títulos conquistados.
Vamos que Vamos
Carlos Batalha
Jornalista e Radialista
https://folhadesergipe.com/

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