Olá amigos e amigas, leitores da Folha de Sergipe.
Abrimos espaço aqui da nossa coluna CASOS E CAUSOS para repudiarmos uma inserção sem a menor graça em uma determinada rede social durante a semana.
Dois personagens passaram um bom tempo denegrindo a imagem de uma das figuras mais conhecidas e queridas do nosso estado, e que já foi alvo de várias matérias em rede nacional e até mesmo internacional. Estou me referindo ao prático Zé Peixe que já foi inclusive condecorado pela Marinha Brasileira por durante vários anos e por muitos dias da semana guiar os navios que aqui chegavam para adentrarem à boca da barra.
Zé Peixe era conhecido por todos os comandantes que aqui chegavam, que solicitavam os seus préstimos para que ele os guiassem barra a dentro. Dotado de uma habilidade extraordinária na natação, o prático ao vislumbrar uma grande embarcação mergulhava de imediato no Rio Sergipe, alcançando mar aberto, e indo de encontro a mesma. Escalava o casco do navio, dirigia-se à proa e mergulhando de uma altura muitas vezes semelhante a um prédio de seis andares, nadava por três ou quatro horas até levar a embarcação a um local seguro e livre de arrecifes e pedras.
Pois bem. Esse homem, dotado de um preparo físico extraordinário, e que exerceu essa prática por 70 anos, falecendo aos 85, chegava a nadar 15km mar a dentro, enfrentando muitas das vezes fortes ventos e correntezas contrárias, e que era conhecido por capitães de todos os cantos do mundo, teve a sua alma desrespeitada por uma figura que entre gargalhadas sem graça acompanhado por uma outra figura também sem a menor graça, o chamou dentre outras coisas de desocupado e flanelinha.
Fica aqui o protesto da Folha de Sergipe, porque todo ser humano merece respeito, principalmente quando é uma personagem marcante como foi Zé Peixe, e ainda mais quando não está mais entre nós.
O PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO AFRICANA DE FUTEBOL
O radialista Carlos Francelino de França, mais conhecido como Chico de França é um personagem muito folclórico.
Já contamos aqui algumas das suas peripécias como levar enganado um paralelepípedo para o Maracanã dentro de uma sacola. Nos propor em Manaus a compra de um vídeo cassete, e outras mais.
Vamos a mais um CAUSO do nosso amigo.
Final da década de 80, solenidade da FIFA no Rio de Janeiro, onde seriam premiados personalidades do país e do mundo que se destacavam no esporte, inclusive da imprensa. Aqui de Sergipe, Augusto Júnior iria receber a Bola de Ouro, como o melhor plantonista esportivo do país. Ao viajar, o nosso querido Augusto levou como convidado o Chico.
Chega a solenidade, e o mestre de cerimônias começa a chamar para a primeira fila as autoridades presentes. Primeiramente o presidente da FIFA, Joseph Blater. Depois, o presidente da CBF, João Havelange. A seguir, o representante da Federação Africana de Futebol. Eis que surge Chico de França, que é negro, e senta-se ao lado das autoridades. Imagina a confusão que deu, porque logo depois o verdadeiro representante dos africanos apareceu para ocupar o seu assento e houve uma estrepitosa vaia no ambiente. O nosso Chico teve seu minuto de fama.
PERGUNTA EM PORTUGUÊS, E OUVE A RESPOSTA EM INGLÊS
O nosso Chico de França não sabe nem pronunciar Hot Dog em inglês, quanto mais entrevistar alguém.
O que não falta no nosso personagem é cara de pau. Em 1994 ele foi pela Rádio Jornal para a cobertura da Copa do Mundo ocorrida nos Estados Unidos. Terminada a partida do time da casa contra o Brasil, o nosso Chico invade o gramado, e no seu português pergunta ao goleiro americano o que achou da partida. O goleiro Tony Meola, naturalmente responde em inglês. kkkk Chico sai todo faceiro. A turma do estúdio que não era brincadeira, gravou a conversa e mandou traduzir a resposta para gargalhada geral. Meola respondeu. ” não estou entendendo nada que você falou. Fale em inglês”. kkkk
OUTRA DE FRANÇA
Certa feita Chico de França iria viajar para Salvador. Comprou a passagem e dirigiu-se à rodoviária. Chegando ao terminal, o Negão da Arapuca como também é conhecido, entrou em um ônibus que iria para o Rio de Janeiro. Ao ser descoberto, o nosso amigo armou a maior confusão dizendo não haver problema porque a empresa era a mesma. Deu trabalho para sair e quase que chamam a polícia. Na realidade, o nosso amigo queria aplicar. Queria pagara um preço para Salvador, e viajar para a Cidade Maravilhosa kkkkkk
Carlos Batalha
Jornalista e Radialista
Jornalista e Radialista
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