Em entrevista ao Jornal da Fan da Rádio Fan FM na manhã desta sexta-feira, 16, o presidente da Associação Sergipana de Obras Públicas e Privadas, Luciano Barreto, denunciou a formação de cooperativas de construção civil que têm sonegado impostos em Sergipe. De acordo com ele, mais de 20 delas estão em funcionamento aqui no estado e cerca de 2.000 unidades já foram entregues.
Ele alertou sobre possíveis riscos de contratar essas cooperativas para realizar obras e lembrou que por trás disso da sonegação de impostos, a conta pode acabar recaindo em quem compra as unidades.
“Há essa ideia é de que quanto mais barato, menos gasto, mas as pessoas tem que entender que quanto mais barato é menor a garantia de qualidade do serviço e ainda menor a possibilidade dessa obra ser concluída”, declarou.
Luciano afirmou que as construtoras enfrentam há anos entraves com demandas do Tribunal de Contas da União (TCU) para que os preços da construção civil sejam justos e que a relação entre empresas e o poder público seja respeitosa, com direitos e obrigações de cada um acatados.
“Hoje ninguém pode prever a conclusão de uma obra, pois existe no Brasil o chamado apagão das canetas, porque os servidores têm receio de assinar algum aditivo. Há uma ideia de que aditivo é pra aumentar lucro, quando na verdade o erro começa na elaboração de projetos, porque são de má qualidade, porque os servidores têm receio de pagar o preço justo por um projeto bem elaborado para fazer uma obra”, enfatizou.
Segundo Luciano, cresceu em Sergipe a divulgação nas redes sociais de cooperativas sem fiscalização e que não pagam os mesmos impostos que construtoras pagam, o que pode ser um risco para os clientes. Ele afirmou que já denunciou os casos de irregularidades aos órgãos responsáveis.
